No mundo globalizado, é comum muitas pessoas terem o desejo de migrar de país, em busca de maior qualidade de vida, trabalho digno com melhor retorno financeiro e maior segurança pública. Entretanto, esse é um caminho que pode trazer percalços e dificuldades à pessoa. A imigrante pode sentir vulnerabilidade psíquica e emocional diante da alta carga de choque cultural e das normas sociais do novo país, as quais podem diferir do seu país de origem.
Surge, então, uma necessidade de adaptação ao novo país e seus costumes, o que nem sempre é um processo fácil. Pois envolve sentimento de perda e luto do mundo antes conhecido, podendo propiciar até mesmo uma crise de identidade com reflexões do tipo: “Quem eu me tornei? Quem sou eu agora?”. A dimensão linguística pode tornar-se um caminho que propicia ou dificulta as interações sociais e a construção de uma rede de suporte, como de amizade e proximidade com colegas de trabalho e vizinhos. Caso a nova imigrante não domine a língua do seu novo país, pode ocorrer um isolamento social e aumento do sentimento de solidão e baixa autoestima. Todo esse processo pode favorecer o surgimento de sintomas de ansiedade, depressão e até mesmo estresse pós-traumático.
Estar longe da sua família de origem também pode ser difícil, ampliando a sensação de enlutamento e a saudade dolorosa. A distância geográfica com os familiares e amigos pode trazer sensação de baixa autoeficácia e solidão. A pessoa pode sentir falta inclusive de elementos que antes pareciam rotineiros, como o clima, as paisagens e as comidas típicas do seu país de origem, fazendo emergir uma sensação de desconexão e de não pertencimento.
O processo imigratório não é fácil por envolver uma mudança no mundo externo da pessoa, o que reflete numa transformação (consciente ou não) do seu mundo interno. Com a perda dos referenciais culturais do seu país de origem, pode emergir uma sensação de estranhamento sobre o mundo a sua volta e sobre si mesma, bem como uma desestabilização afetiva e cognitiva e o rompimento de antigos hábitos e crenças.
Se você está passando por isso, buscar ajuda psicológica profissional e especializada pode ser um fator eficaz para o enfrentamento às dificuldades, à elaboração do luto, à diminuição de sintomas psicopatológicos e à construção da adaptação ao novo mundo, trazendo bem-estar e qualidade de vida. Caso precise da minha ajuda para essa caminhada, estarei ao seu lado! Basta entrar em contato e agendar uma consulta.
Referência: Silva-Ferreira, A. V., Martins-Borges, L., & Willecke, T.G. (2019). Internacionalização do ensino superior e os impactos da imigração na saúde mental de estudantes internacionais. Avaliação, 24(03), pp. 594-614.
