
As mulheres na sociedade contemporânea alcançaram alguns direitos primordiais, como o de participar do mercado de trabalho e trabalhar fora de casa. Entretanto, esse percurso nem sempre é fácil, sobretudo em ambientes de trabalho em que se predominam os homens, como as engenharias, mercado financeiro, e administração de empresas.
Com isso, muitas mulheres podem questionar-se sobre: “O que estou fazendo aqui? Será que pertenço a esse lugar?”. Esses ambientes podem evocar nas mulheres sentimentos de isolamento e falta de pertencimento, até mesmo uma sensação de ser “impostora” e insuficiente para estar lá. Isso ocorre pois ainda, infelizmente, convivemos com diversos estereótipos sobre como uma mulher deve ser e se comportar. Por meio de introjeções sociais, aprendemos que as funções e profissões do cuidado são as que combinam com o perfil feminino, o que termina por limitar suas escolhas profissionais.
As profissões do cuidado podem sim combinar com você, mas tantas e diversas outras também podem, como as profissões de exatas e os cargos de chefia. Além disso, ambientes de trabalho masculinizados podem pressionar às mulheres à adotarem uma postura entendida como “masculinizada”, demonstrando firmeza, falta de sensibilidade e empatia, e maior hostilidade nas relações interpessoais no trabalho a fim de não demonstrarem fragilidade emocional. O que é uma cobrança, por vezes, ambivalente, pois mesmo se comportando desse modo, as mulheres ainda podem sofrer com discriminações e críticas no ambiente de trabalho. Podem sofrer baixa confiança depositada pelo outro na sua competência e na eficiência do seu trabalho, o que pode torná-las reclusas e isoladas, diminuindo e minando sua autoestima e autoconfiança.
Infelizmente, ainda vivemos em um mundo que preza as normas de gênero as quais beneficiam e privilegiam os homens e os comportamentos masculinos em detrimento da feminilidade. Se você está vivendo isso, não sofra sozinha! A psicoterapia pode te ajudar a resgatar seu poder interior, te auxiliando no manejo das repercussões negativas do mercado de trabalho masculinizado sobre suas emoções e estado mental.
Referências: Tamarit, A., Puñal, B., & Cevallos, J.C. (2024). ENTRE “LA MUJER BRAVA” Y “EL PODER DEL MOñO”. ESTEREOTIPOS DE GéNERO Y ACOSO SEXUAL EN EL TRABAJO EN ECUADOR. Ex aequo, 49, Lisboa, pp. 179-196. Doi: https://doi.org/10.22355/exaequo.2024.49.12
Salvagni, J., Colomby, R.K., & Menezes, D. B. (2023). As mulheres na política: sub-representação, relações de poder e dominação masculina. Temas y debates (En línea), 46. ano 27, pp. 73-93.




